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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Fiuk segue passos do pai, Fábio Jr., na carreira e no coração das fãs

Quando Felipe Galvão, mais conhecido como Fiuk, chegou para esta entrevista, confesso: paralisei. Se eu não soubesse exatamente com quem iria falar, diria que tinha voltado no tempo e ficado cara a cara com o Fábio Jr. do fim dos anos 70, época em que ele atuava em “Ciranda cirandinha”, tamanha a semelhança entre pai e filho — dá só uma olhadinha nas fotos ao lado e abaixo. O que me manteve em 2010 foi o fato de o intérprete do Bernardo de “Malhação” estar vestido moderninho demais para aquela época.

Passado o susto, percebi que comparações com Fábio Jr. são inevitáveis, ainda mais por Fiuk também ser cantor — ele é vocalista da banda Hori — e ter se enveredado pela atuação. Mas o rapaz garante que não fica nem um pouco incomodado com elas.

— É uma honra ser comparado a ele. Tenho o maior tesão de ser parecido com meu pai — afirma o rapaz, de 19 anos, filho do cantor com a artista plástica Cristina Kartalian.

O ar de surpresa estampado no rosto das pessoas ao vê-lo não é mais novidade para Fiuk. Afinal, o próprio Fábio Jr. já confundiu o filho com ele mesmo.

— Meu pai estava vendo uma foto e dizia não se lembrar dela. “Caramba, onde eu estava nesta foto?”, se questionava. Quando eu olhei, disse: “Pai, sou eu”. Realmente, eu estava muito diferente, com gel no cabelo, de terno. Dava para confundir — diverte-se Fiuk.

O engraçado é que a semelhança física com o pai acabou trazendo para Fiuk um outro tipo de público. Além de ser o sonho de consumo das adolescentes, ele também arranca suspiros das mulheres mais velhas.

— É muito louco isso. Elas chegam para tirar foto comigo pensando no meu pai. E tem fã que vai ao show dele crente que vai me ver — conta o protagonista de “Malhação”, que não tem nenhum problema com as mais maduras. Inclusive, namora, há dois anos e meio, a publicitária Natália Fascini, oito anos mais velha que ele:

— Sempre preferi mulheres mais velhas, porque são mais decididas, têm mais certeza do que querem. Não é que escolho, simplesmente “bate” mesmo. Até meu primeiro beijo foi com uma garota mais velha: eu tinha 10 e ela 12. Eu me achei o rei da cocada preta — diverte-se o ator-cantor.

Vida dupla

Há quatro meses, Fiuk confessa estar vivendo o melhor momento de sua vida. Além de ser o protagonista de “Malhação”, sua banda tem duas músicas na novela (a regravação de “Só você” e “Quem eu sou”, tema de abertura). E ainda está para entrar em cartaz, em abril, o filme “As melhores coisas do mundo”, de Lais Bodansky, seu primeiro passo na atuação.

— Estou vivendo um sonho. Tudo que está acontecendo foi sempre o que pedi a Deus. Por isso, agradeço todos os dias quando vou gravar. Estou muito feliz — empolga-se ele, que confessa já ter ficado se imaginando na trama: — Na época da Vagabanda (temporada de “Malhação” de 2004), eu ficava imaginando ser o personagem do Guilherme Berenguer, poder tocar com minha banda na novela.

Com maior evidência desde que estreou em “Malhação”, Fiuk diz ficar comovido com tanto apreço do público.

— O carinho que venho recebendo das fãs é impressionante. O assédio está bombando, não estou podendo andar nas ruas. Mas gosto disso, acho que eu é que sou mais louco por elas — brinca o rapaz, que já recebeu de uma admiradora uma carta de 15 metros de comprimento.

Tanto assédio não causa ciúmes em Natália? O ator-cantor jura que ela entende.

— Natália me dá a maior força, é parceira mesmo. Ela mora em São Paulo, mas sempre que dá vem para cá ou vai me encontrar onde eu estiver fazendo show. E a gente aproveita ao máximo o tempo junto — afirma Fiuk, que ri ao contar como conheceu a publicitária: — Foi num posto de gasolina. Estava com uma amiga indo pegar gelo na loja de conveniência, quando olhei para ela dentro do carro. Nossos olhares se cruzaram, me aproximei, peguei o telefone dela e um mês depois estávamos namorando. Sou muito intenso. Quando
quero, corro atrás.

Por isso, Fiuk está se desdobrando em suas duas funções. Durante a semana, grava a novela, e sexta, sábado e domingo faz show com a Hori. Vontade de optar por uma das duas profissões?

— Nenhuma. Vou continuar unindo as duas coisas. Adoro estar na gravação tanto quanto estar no palco fazendo shows. Gosto dessa adrenalina, sou viciado. Se não tivesse isso, não seria minha vida — enfatiza Fiuk.

‘Quero ter um filho’

Mesmo tendo ficado eufórico por ter sido escolhido para ser o protagonista de “Malhação”, Fiuk confessa que nenhuma emoção será maior do que a que ele teve há três meses, quando cantou “Pai” para Fábio Jr., no “Domingão do Faustão” (veja vídeo abaixo).

— Meu coração estava na minha mão. Nunca tinha cantado esta música, evitava ir aos shows dele para não vê-lo cantá-la, porque sempre fiquei muito emocionado. Mas tinha o sonho de, um dia, cantá-la para ele. Então, a gravadora do meu pai pediu para eu interpretá-la, de surpresa, no dia em que ele se apresentou no “Faustão”. Foi a primeira vez que cantei e não sei como consegui, porque já estava chorando nos bastidores — diz Fiuk, referindo-se ao fato de ver, antes de entrar, imagens antigas de produções de que Fábio participou fundidas com as suas em “Malhação”, exibidas no telão:

— Quando fui para o palco, só via meu pai, mais niguém. Aliás, verter lágrimas é outro ponto em comum entre pai e filho.

— A gente é muito chorão. Quando contei para ele que tinha passado no teste de “Malhação”, choramos a oite inteira — lembra o rapaz.

Outra passagem que faz Fiuk ficar com os olhos marejados é lembrar de quando decidiu que viveria de música. Aos 13 anos, comunicou a Fábio Jr. da decisão e ouviu dele que deveria trabalhar para realizar seu objetivo.

— Não tive nada de mão beijada só porque meu pai é cantor. Formei minha banda em 2003 e só em 2009 lançamos o primeiro CD. O mais comovente desta história é que eu brincava com meu pai de que ainda iríamos nos falar quando cada um estivesse indo para seu show. E isso se tornou realidade. A gente se liga
da estrada para desejar “bom show” um para o outro — emociona-se.

Apesar de ser um pouco distante, o rapaz garante ter uma boa relação com a irmã Cleo Pires.

— Ela foi a primeira pessoa para quem contei quando soube que tinha entrado no filme “As melhores coisas do mundo”. Quis pegar uns conselhos com ela, que me disse: “Irmão, fica calmo, faça com amor e seja verdadeiro” — conta Fiuk, afirmando que Cleo é uma irmã bem coruja.

Apesar de ter apenas 19 anos, o rapaz não fugiu da raia quando o assunto chegou em casamento.

— Se tiver vontade, vou casar. Como você vai saber se é a pessoa da sua vida se você não viver com ela? Sou intenso nas minhas relações — analisa Fiuk, que não acha nada demais o pai estar no sexto casamento: — Você tem que buscar a felicidade. E ele faz isso.

Fiuk também é categórico ao afirmar que deseja muito ser pai:

— Quero ter um filho. Não agora, daqui a alguns anos. Mas, quando vier, será muito amado, como eu sou pelo meu pai.
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Fonte: Extra

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